Ano de 2005. Russão decide inscrever seu grupo de amigos no torneio do Aterro do Flamengo organizado pelo "Jornal dos Sports". Os jovens peladeiros das quadras do Quebra-Coco tinham um desafio e tanto pela frente: jogar contra times semi-profissionais, com sede e inclusive organização política - alguns times participantes tinham até presidente e dirigentes.
A estreia não poderia ter sido "melhor", logo contra o atual campeão do torneio, Santo Amaro, que venceu por 14 a 3. O destaque do jogo, no entanto, foi um jovem goleiro de 18 anos que, mesmo tendo sofrido 14 gols, levantou uma dúvida entre os torcedores presentes: "Esse garoto é Deus?"
Mais jogos foram acontecendo e nem mesmo o bom desempenho do goleiro foi capaz de garantir ao menos um fortuito sucesso do Quebra-Coco. No segundo jogo, uma nova derrota, por 4 a 1. No terceiro, 10 a 2. No quarto jogo, por opção do treinador e capitão, o jovem arqueiro foi escalado como jogador de linha. Ironicamente, foi o melhor resultado da equipe. Um empate em 4 a 4 contra o Boca Juniors.
O time insulano então se preparou para a última rodada da primeira fase. Já eliminado, obviamente, mas com muita vontade de encerrar sua participação de forma honrada. O adversário da vez era o também todo poderoso União Central, que brigava por classificação e precisava vencer por 24 gols de diferença.
Os 'quebracoquences' não tinham nada a ver com isso. Foram para o jogo com muita vontade, chegando a rejeitar "mala preta" - de forma alguma garrafas de refrigerante de graça impediriam o time de sair de campo com honra, mesmo que a derrota fosse certa.
Os 'quebracoquences' não tinham nada a ver com isso. Foram para o jogo com muita vontade, chegando a rejeitar "mala preta" - de forma alguma garrafas de refrigerante de graça impediriam o time de sair de campo com honra, mesmo que a derrota fosse certa.
A partida foi conturbada, muitas jogadas duras, muitos cartões. O alvi-rubro do Jardim Guanabara sofreu com três expulsões. Os jogadores do União Central, por sua vez, demonstravam medo de perderem para si mesmos. Na beira do campo, o treinador união-centralino incentivava seus atletas: "Vamos lá, gente! Jogo sério até o final!". Resultado: União Central 25 a 1.
Uma participação que para muitos foi pífia, mas quem conhece esse grupo de jogadores sabe que eles lutaram muito! Viva o Quebra-Coco!
Em pé: Borel, Rafael Tarzan, Presuntinho, Russão, Amigo do Russão, David Israel e Claus - a muralha.
Agachados: Diego Khaled, Katito 'Caio Blat', Bruninho 'Diego Hypolito', Vitor Antônio e Russinho.